Aquíferos são formações geológicas (rochas, solos e sedimentos) que armazenam a água subterrânea e que, em condições naturais, permitem o fluxo dessa água em seu interior. Quando uma formação geológica contém água, mas esta flui lentamente, ela não é chamada de aquífero, mas sim de aquiclude. Nestes casos, a exploração de água subterrânea não é considerada rentável.
Devido às diferentes características das formações geológicas dos aquíferos, eles podem ser classificados em três tipos principais, a saber: aquíferos porosos ou granulares, aquíferos fissurais e aquíferos cársticos.
Aquíferos porosos ou granulares: Consistem em rochas sedimentares, onde há uma maior quantidade de espaços vazios (poros) situados entre os grãos. Este espaço poroso foi criado durante a formação da rocha, e por isso esta porosidade é chamada de primária. Estes aquíferos ocorrem em grandes áreas e são capazes de armazenar enormes reservas de água subterrânea, sendo então os mais explorados na atualidade. O exemplo mais comum são os arenitos.
Aquíferos fissurais: Formados por rochas cristalinas, mais duras e compactas, onde a porosidade consiste em zonas fraturadas/quebradas, que se estabeleceram após a formação das rochas, devido a processos de deformação aos quais foram submetidas ao longo do tempo. Nestes casos, a porosidade é então chamada de secundária. Em geral, estes aquíferos são mais limitados e produzem menos água. Por outro lado, o avanço de tecnologias nessa área tem favorecido cada vez mais sua exploração. Exemplos: granitos e gabros.
Aqüíferos cársticos: Representados pelas rochas carbonáticas, que são mais facilmente dissolvidas devido à presença do carbonato de cálcio (CaCO3). Esta alta solubilidade das rochas possibilita a formação de grandes estruturas subterrâneas, como cavernas e canais de dissolução, que podem armazenar grandes volumes de água. Exemplo: calcários.
Outra classificação importante dos aquíferos, ocorre em função da sua capacidade de transmissão da água e da sua pressão nas suas superfícies limítrofes, que correspondem às suas formações geológicas de topo e de base. São eles: aquífero livre ou freático, aquífero suspenso e aquífero confinado (drenante ou não drenante).
Aquífero livre ou freático: São limitados por formações geológicas permeáveis (no topo) que encontram-se sob pressão atmosférica, e por formações geológicas impermeáveis (na base). Também podem ser chamados de não confinados ou gravitacionais.
Aquífero suspenso: Tipo especial de aquífero livre, com formação geológica superior permeável ou semipermeável e uma inferior impermeável, que não são capazes de acumular ou transmitir mais água.
Aquífero confinado: São isolados por formações geológicas impermeáveis ou semipermeáveis, tanto no topo como na base. Nestes aquíferos, a pressão da água no topo é maior do que a pressão atmosférica. Podem ser subdivididos em “não drenantes”, quando as superfícies limítrofes de topo e base são impermeáveis, e “drenantes”, quando pelo menos uma das duas é semipermeável, possibilitando, assim, a entrada e saída de fluxos.